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sábado, 4 de maio de 2013

"Só a (minha) igreja salva!"... É mesmo verdade?



"Já estamos salvos”, “só a minha igreja salva”, “Jesus morreu por nós, então estamos salvos”. Ouvi essas frases várias vezes. No meu Seminário de Vida no Espírito Santo, ouvi-as novamente, e elas simplesmente não entraram em meu coração. Não me pareceu certo. Logo, fiz o que todo católico deve fazer quando tem uma dúvida: recorrer aos três pilares da Igreja: a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Sagrado Magistério. Vamos ver o que encontrei?

Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!” (Mateus 7:21-23)

Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador? Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (1 Pedro 4:17-19)

Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)


Todos serão salvos? Não! Mateus diz claramente: “Nem todo […] entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus [...]” e “[...] aquele que perseverar até o fim será salvo”. Só os justos, que fazem a vontade de Deus e suportam as provações com paciência, sendo fiéis até o final, herdarão o Reino dos Céus. Pedro confirma: “[...] que será do ímpio e do pecador? [...]”.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) explica: “A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, purificar-nos de nossos pecados e comunicar-nos a 'justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo e pelo batismo'” (“Esta é a a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis {pois não há distinção; com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus}, e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo.” – Romanos 3:22-24). (CIC 1987)

Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele […].” (Romanos 6:8) Como é? “Se morremos com Cristo, […] viveremos também com ele”.

Desde então, Jesus começou a pregar: 'Fazei penitência, pois o Reino dos céus está próximo.'” (Mateus 4:17) Mas, se já estamos salvos, como muitos querem nos fazer acreditar, por que precisamos fazer penitência?!

Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor, não só como quando eu estava entre vós, mas muito mais agora na minha ausência.” (Filipenses 2:12) Não é preciso trabalhar o que já se tem, concordam?


“A livre iniciativa de Deus pede a livre resposta do homem, pois Deus criou o homem à sua imagem, conferindo-lhe, com a liberdade, o poder de conhecê-Lo e amá-Lo. A alma só pode entrar livremente na comunhão do amor.” (CIC 2002)

Ninguém pode tirar nossa salvação a não ser nós mesmos. Deus nos deu livre-arbítrio para tudo, inclusive para não sermos salvos. O Demônio pode nos tentar, porém só pecaremos se assim o quisermos. A vontade do Senhor, todavia, é que “[...] todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:4)

A salvação é unicamente Dom de Deus. Nós não a merecemos, conforme afirma o Catecismo: “Diante de Deus, em sentido estritamente jurídico, não há mérito da parte do homem. […] O mérito do homem diante de Deus, na vida cristã, provém do fato de que Deus livremente determinou associar o homem à obra de sua graça. […] A adoção filial, tornando-nos participantes, por graça, da natureza divina, pode conferir-nos, segundo a justiça gratuita de Deus, um verdadeiro mérito. […] Como a iniciativa pertence a Deus na ordem da graça, ninguém pode merecer a graça primeira, na origem da conversão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos em seguida merecer para nós mesmos e para os outros as graças úteis à nossa santificação, ao crescimento da graça e da caridade, e também para ganhar a vida eterna.”. (CIC 2007-2010)

Porque aqueles que foram uma vez iluminados saborearam o dom celestial, participaram dos dons do Espírito Santo, experimentaram a doçura da palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro e, apesar disso, caíram na apostasia, é impossível que se renovem outra vez para a penitência, visto que, da sua parte, crucificaram de novo o Filho de Deus e publicamente o escarneceram.” (Hebreus 6:4-6)

Sim, Cristo morreu de uma vez por todas para nos livrar do pecado. Mas há aqueles que, como diz São Paulo, [...] se portam como inimigos da cruz de Cristo, cujo destino é a perdição [...].” (Filipenses 3:18-19) É como se essas pessoas tivessem crucificado Jesus novamente, perdendo, assim, o benefício da penitência. Não há salvação para essas pessoas.


Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.” (Tiago 5:19-20)

O Senhor disse a Moisés: 'Até quando me desprezará esse povo? Até quando não acreditará em mim, apesar de todos os prodígios que fiz no meio dele? Vou destruí-lo, ferindo-o de peste, mas farei de ti uma nação maior e mais poderosa do que ele.'" (Números 14:11-12)

A rebelião é tão culpável quanto a superstição; a desobediência é como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita e te despoja da realeza!” (1 Samuel 15:23)

Por fim, o Catecismo alerta: “O caminho da perfeição passa pela cruz. (“Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: 'Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.'” – Mateus 16:24-25) Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.” – 2 Timóteo 4:7-8)”. O progresso espiritual envolve ascese [prática da renúncia do prazer e/ou da satisfação com o intuito de atingir dados fins espirituais] e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem aventuranças.” (CIC 2015)

Os Dez Mandamentos são caminho certo de salvação (para ver os Mandamentos na Bíblia, vá para Êxodo 20:2-17, Deuteronômio 5:5-21 ou Mateus 5:21-48 – Mateus 5 contém o aperfeiçoamento dos Mandamentos, que até então não eram compreendidos plenamente pelo povo). O sacramento do Batismo é muito importante para a salvação, embora por si só não a garanta. (“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” – Marcos 16:16 / “Pedro lhes respondeu: 'Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.'” – Atos 2:38) É por isso que a Igreja Católica insiste em conceder o Batismo a todos, mesmo às crianças.


Mas meu padre/pastor diz que estou salvo por ser de sua igreja...”

Ele mente. Religião e Igreja não são garantia de salvação. O Apocalipse traz uma prova disso: “Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, e bradavam em alta voz: 'A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro.'” (Apocalipse 7:9-10)

Não há católicos ou protestantes em todas as nações, tribos, povos e línguas do mundo; que existem, já existiram e ainda existirão. Há uma igreja por aí que diz que somente 144 mil pessoas serão salvas (por causa desta passagem bíblica: “Ouvi então o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel […].” – Apocalipse 7:4), e que tais pessoas correspondem exclusivamente aos seus fiéis. Ela afirma que basta alguém entrar nela, será salvo.

Ora, é muita pretensão! Não é preciso recorrer à Bíblia para constatar a inveracidade dessa informação. Se juntarmos todos os membros da igreja citada que já existiram (e ainda faltariam os que existirão!), o número supera em muito os 144 mil do trecho acima (a igreja foi fundada em 1872. Só em 1999, contava com 750 mil adeptos. Segundo dados do sítio oficial, atualmente possui mais de sete milhões e meio de evangelizadores. Por questões éticas, não citarei o nome da igreja, até porque “tudo vem à luz”. Porém, os dados são verídicos. Se quiserem pesquisar para obter a confirmação, fiquem à vontade). Então, o que aconteceria? Uma espécie de seleção?!

Apocalipse 7 deixa claro: “ […] vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua”. Novamente, não há membros dessa igreja em toda nação, tribo, povo e língua do globo. Os 144 mil da passagem constituem um número simbólico. São 12 as tribos de Israel. 12 vezes 12 resultam em 144 (a multiplicação dá a ideia de grande quantidade). Os mil são acrescentados para sugerir a noção de multidão.

Além disso, deve-se levar em conta a seguinte passagem: “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados; [...] da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.” (Apocalipse 7:4-8) O trecho completo cita doze tribos, cada qual com doze mil assinalados. Daí se tem que a explicação acima é verdadeira. O número 144 mil corresponde, todavia, somente aos membros das tribos de Israel, as doze referidas. E quanto a estrangeiros, não serão salvos? Novamente, Apocalipse 7 prova que serão, sim. (“[...] de toda nação, tribo, povo e língua […].”).


Por fim, cabe lembrar o que São Pedro sabiamente exorta: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.” (2 Pedro 1:20-21) Assim sendo, a Igreja Católica preza pela interpretação de um conjunto de bispos e cardeais – a qual, em se tratando de profecias, é sempre incompleta e está sujeita a erros – em espírito de oração, sujeita a múltiplos questionamentos e às novas descobertas do passar do tempo; ao invés do parecer de alguns pastores, muitas vezes sem formação para tal.


Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:16-18)


Nota: a(s) imagem(ns) que ilustra(m) o post não me pertence(m). Foi(ram) retirada(s) da Internet.
Nota2: o seguinte sítio foi utilizado como fonte: Igreja Militante.

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