As pessoas costumam
deixar marcas em nossas vidas. Algumas, tocam-nos mais levemente,
pouco mais que um sopro de ar. Outras, ficam gravadas em nossa
memória para sempre. Tive um professor assim. Ele não foi o único
professor que deixou grandes marcas em mim, porém não paro de me
lembrar dele com um carinho especial. Primeiramente, o homem me fez
gostar de matemática – de alguém assim não se esquece, rs! –,
matéria que nunca havia apreciado – meu mundo são as letras, não
os números.
Ora, tive outros
professores que também me fizeram gostar de matemática. Mas o
mestre em questão, o ilustre Francisco das Chagas Nogueira, fez-me
gostar de algo ainda mais importante que os cálculos. Ele me
apresentou verdadeiramente a Deus. Tenho várias aulas de Nogueira ainda gravadas
em minha mente – tudo por causa de um costume interessante que ele
tinha: antes de começar a aula propriamente dita, guardava
cinco minutos para ler para seus estudantes o que chamávamos de
"historinhas"; pequenos contos com lições bíblicas,
morais. Para mim, eram os cinco minutos mais aguardados da semana.
Pesquisando sobre o
tema deste post, deparei-me com um conto – creio que seja um conto,
se bem que poderia ser real – que trouxe à tona as aulas do meu
prezado professor. Queria compartilhar o texto com vocês. Não
encontrei o autor, por isso o escrito permanece sem créditos.
Lá estava eu com a
minha família, de férias, num acampamento isolado, com o carro
enguiçado. Isso aconteceu há 10 anos, mas lembro como se fosse
ontem.
Tentei dar a partida no
carro. Nada. Caminhei para fora do acampamento e, felizmente, meus
palavrões foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali.
Minha mulher e eu
concluímos que eramos vítimas de uma bateria descarregada.
Sem alternativa, decidi
voltar a pé até uma vila mais próxima, a alguns quilômetros de
distância. Duas horas e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a
um posto de gasolina. Ao me aproximar do posto, dei-me conta de que
era domingo de manhã. O lugar estava fechado, mas havia um telefone
público e uma lista telefônica caindo aos pedaços.
Telefonei para a única
companhia de auto-socorro, localizada na cidade vizinha, a cerca de
30 km de distância. O Zé atendeu o telefone e me ouviu enquanto eu
explicava meus apuros.
- Não tem problema -
ele disse quando dei minha localização - normalmente estou fechado
aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.
Fiquei aliviado que
estivesse vindo, mas, ao mesmo tempo, consciente das implicações
financeiras que essa oferta de ajuda significaria.
Ele chegou em seu
reluzente caminhão-guincho e nos dirigimos para a área de
acampamento. Quando saí do caminhão, me virei e observei com
espanto o Zé descer com aparelhos na perna e a ajuda de muletas. Ele
era paraplégico!
Enquanto ele se
movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o
preço da sua boa vontade.
- É só uma bateria
descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão ir
embora.
O Zé reativou a
bateria e, enquanto ela recarregava, distraiu meu filho pequeno com
truques de mágica. Ele até mesmo tirou uma moeda da orelha e deu
para meu filho.
Enquanto ele colocava
os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.
- Oh! Nada - respondeu,
para minha surpresa.
- Tenho que lhe pagar
alguma coisa.
- Não - ele reiterou.
- Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação
pior do que esta, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito me disse
apenas para "passar isso adiante". Portanto, você não me
deve nada. Apenas lembre: quando tiver uma chance, "passe isso
adiante".
"Jesus respondeu-lhe: O
primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que
estes não existe." (Marcos 12:29-31)
No Antigo Testamento, Deus estabeleceu Dez Mandamentos. Eles foram transmitidos às pessoas através de Moisés e ficaram conhecidos como a Lei. Muitos indivíduos levaram esses Mandamentos mais ao pé da letra do que no sentido espiritual e verdadeiro. Após algum tempo, esse "levar ao pé da letra", junto com o endurecimento dos corações e o afastamento de Deus, culminou em deturpações da Palavra.
Foi nessa época que o Senhor nos enviou Seu Filho Amado, para mostrar o que estava errado nas práticas do povo e instituir a Nova e Eterna Aliança conosco. Deu-se início ao Novo Testamento. A partir de então, a Lei não se restringiria a algo escrito – Ela era viva, caminhou entre nós e continua viva (lembram-se do Eterna? Não haverá outra Lei, outra Aliança). Como o próprio Jesus diz: "Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da Lei". (Mateus 5:17-18)
E os Dez Mandamentos? Na Nova e Eterna Aliança, foram resumidos a dois, conforme explica Cristo no trecho de Marcos em negrito acima. Então acabou o "Não matarás", "Não furtarás"...? De forma alguma. Vejam o que Jesus diz em Mateus, capítulo 5, a partir do versículo 17 (se quiserem ler todo o capítulo 5, recomendo demais. O Sermão da Montanha é perfeito!). Se possível, leiam até o versículo 48. "Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição". Entenderam?
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Amar a Deus e ao próximo. Amar.
No fim das contas, tudo se resume a uma coisa: amar! Se amarmos, amarmos de verdade ("[...] de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito [entendimento] e de todas as tuas forças."), não mataremos, não roubaremos, não teremos maus pensamentos. Não cobiçaremos as coisas do outro, pois já não encontraremos amor nas coisas. Seremos como o paraplégico do texto: ajudaremos os outros sem visar algo em troca. E encontraremos imensa felicidade nisso. Já imaginaram que lugar bacana o mundo seria?
Impossível? Para Deus, nada é impossível. Difícil? Comecem pelo fácil: basta "passar adiante"!
Foi nessa época que o Senhor nos enviou Seu Filho Amado, para mostrar o que estava errado nas práticas do povo e instituir a Nova e Eterna Aliança conosco. Deu-se início ao Novo Testamento. A partir de então, a Lei não se restringiria a algo escrito – Ela era viva, caminhou entre nós e continua viva (lembram-se do Eterna? Não haverá outra Lei, outra Aliança). Como o próprio Jesus diz: "Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da Lei". (Mateus 5:17-18)
E os Dez Mandamentos? Na Nova e Eterna Aliança, foram resumidos a dois, conforme explica Cristo no trecho de Marcos em negrito acima. Então acabou o "Não matarás", "Não furtarás"...? De forma alguma. Vejam o que Jesus diz em Mateus, capítulo 5, a partir do versículo 17 (se quiserem ler todo o capítulo 5, recomendo demais. O Sermão da Montanha é perfeito!). Se possível, leiam até o versículo 48. "Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição". Entenderam?
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Amar a Deus e ao próximo. Amar.
No fim das contas, tudo se resume a uma coisa: amar! Se amarmos, amarmos de verdade ("[...] de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito [entendimento] e de todas as tuas forças."), não mataremos, não roubaremos, não teremos maus pensamentos. Não cobiçaremos as coisas do outro, pois já não encontraremos amor nas coisas. Seremos como o paraplégico do texto: ajudaremos os outros sem visar algo em troca. E encontraremos imensa felicidade nisso. Já imaginaram que lugar bacana o mundo seria?
Impossível? Para Deus, nada é impossível. Difícil? Comecem pelo fácil: basta "passar adiante"!
Nota: a(s) imagem(ns)
que ilustra(m) o post não me pertence(m). Foi(ram) retirada(s) da
Internet.
Nota2: dedicado a Francisco das Chagas Nogueira; que, dentre outras coisas, ensinou-me a importância de amar a Deus, respeitar meus colegas e crescer na paciência e na simplicidade. Espero que o senhor leia isto, mestre. Espero que veja que sua "bruxinha" está buscando seriamente a santidade, tentando assemelhar-se mais a uma "anjinha". Obrigada por tudo! :)
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