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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Amor ao próximo... passe adiante!



As pessoas costumam deixar marcas em nossas vidas. Algumas, tocam-nos mais levemente, pouco mais que um sopro de ar. Outras, ficam gravadas em nossa memória para sempre. Tive um professor assim. Ele não foi o único professor que deixou grandes marcas em mim, porém não paro de me lembrar dele com um carinho especial. Primeiramente, o homem me fez gostar de matemática – de alguém assim não se esquece, rs! –, matéria que nunca havia apreciado – meu mundo são as letras, não os números.

Ora, tive outros professores que também me fizeram gostar de matemática. Mas o mestre em questão, o ilustre Francisco das Chagas Nogueira, fez-me gostar de algo ainda mais importante que os cálculos. Ele me apresentou verdadeiramente a Deus. Tenho várias aulas de Nogueira ainda gravadas em minha mente – tudo por causa de um costume interessante que ele tinha: antes de começar a aula propriamente dita, guardava cinco minutos para ler para seus estudantes o que chamávamos de "historinhas"; pequenos contos com lições bíblicas, morais. Para mim, eram os cinco minutos mais aguardados da semana.

Pesquisando sobre o tema deste post, deparei-me com um conto – creio que seja um conto, se bem que poderia ser real – que trouxe à tona as aulas do meu prezado professor. Queria compartilhar o texto com vocês. Não encontrei o autor, por isso o escrito permanece sem créditos.


Lá estava eu com a minha família, de férias, num acampamento isolado, com o carro enguiçado. Isso aconteceu há 10 anos, mas lembro como se fosse ontem.

Tentei dar a partida no carro. Nada. Caminhei para fora do acampamento e, felizmente, meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali.

Minha mulher e eu concluímos que eramos vítimas de uma bateria descarregada.

Sem alternativa, decidi voltar a pé até uma vila mais próxima, a alguns quilômetros de distância. Duas horas e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina. Ao me aproximar do posto, dei-me conta de que era domingo de manhã. O lugar estava fechado, mas havia um telefone público e uma lista telefônica caindo aos pedaços.

Telefonei para a única companhia de auto-socorro, localizada na cidade vizinha, a cerca de 30 km de distância. O Zé atendeu o telefone e me ouviu enquanto eu explicava meus apuros.

- Não tem problema - ele disse quando dei minha localização - normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.

Fiquei aliviado que estivesse vindo, mas, ao mesmo tempo, consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda significaria.

Ele chegou em seu reluzente caminhão-guincho e nos dirigimos para a área de acampamento. Quando saí do caminhão, me virei e observei com espanto o Zé descer com aparelhos na perna e a ajuda de muletas. Ele era paraplégico!

Enquanto ele se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua boa vontade.

- É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão ir embora.

O Zé reativou a bateria e, enquanto ela recarregava, distraiu meu filho pequeno com truques de mágica. Ele até mesmo tirou uma moeda da orelha e deu para meu filho.

Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.

- Oh! Nada - respondeu, para minha surpresa.

- Tenho que lhe pagar alguma coisa.

- Não - ele reiterou. - Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito me disse apenas para "passar isso adiante". Portanto, você não me deve nada. Apenas lembre: quando tiver uma chance, "passe isso adiante".


"Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe." (Marcos 12:29-31)

No Antigo Testamento, Deus estabeleceu Dez Mandamentos. Eles foram transmitidos às pessoas através de Moisés e ficaram conhecidos como a Lei. Muitos indivíduos levaram esses Mandamentos mais ao pé da letra do que no sentido espiritual e verdadeiro. Após algum tempo, esse "levar ao pé da letra", junto com o endurecimento dos corações e o afastamento de Deus, culminou em deturpações da Palavra.

Foi nessa época que o Senhor nos enviou Seu Filho Amado, para mostrar o que estava errado nas práticas do povo e instituir a Nova e Eterna Aliança conosco. Deu-se início ao Novo Testamento. A partir de então, a Lei não se restringiria a algo escrito – Ela era viva, caminhou entre nós e continua viva (lembram-se do Eterna? Não haverá outra Lei, outra Aliança). Como o próprio Jesus diz: "Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da Lei". (Mateus 5:17-18)

E os Dez Mandamentos? Na Nova e Eterna Aliança, foram resumidos a dois, conforme explica Cristo no trecho de Marcos em negrito acima. Então acabou o "Não matarás", "Não furtarás"...? De forma alguma. Vejam o que Jesus diz em Mateus, capítulo 5, a partir do versículo 17 (se quiserem ler todo o capítulo 5, recomendo demais. O Sermão da Montanha é perfeito!). Se possível, leiam até o versículo 48. "Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição". Entenderam?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Amar a Deus e ao próximo. Amar. 

No fim das contas, tudo se resume a uma coisa: amar! Se amarmos, amarmos de verdade ("[...] de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito [entendimento] e de todas as tuas forças."), não mataremos, não roubaremos, não teremos maus pensamentos. Não cobiçaremos as coisas do outro, pois já não encontraremos amor nas coisas. Seremos como o paraplégico do texto: ajudaremos os outros sem visar algo em troca. E encontraremos imensa felicidade nisso. Já imaginaram que lugar bacana o mundo seria?

Impossível? Para Deus, nada é impossível. Difícil? Comecem pelo fácil: basta "passar adiante"!

Nota: a(s) imagem(ns) que ilustra(m) o post não me pertence(m). Foi(ram) retirada(s) da Internet.
Nota2: dedicado a Francisco das Chagas Nogueira; que, dentre outras coisas, ensinou-me a importância de amar a Deus, respeitar meus colegas e crescer na paciência e na simplicidade. Espero que o senhor leia isto, mestre. Espero que veja que sua "bruxinha" está buscando seriamente a santidade, tentando assemelhar-se mais a uma "anjinha". Obrigada por tudo! :)

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